BAJEIROS DO CEM

18/01/2011 17:09

Por Equipe Baja*
Alunos do Centro de Engenharia da Mobilidade (CEM)
UFSC/Joinville

O Mini-Baja é uma competição entre instituições de ensino superior que incentiva estudantes de engenharia do mundo inteiro a projetar e montar veículos off-road, aplicando no projeto os conhecimentos teóricos da graduação em montagem prática.

Iniciou em 1976, na Carolina do Sul, Estados Unidos. Chegou ao Brasil em 1995, pela Sociedade de Engenheiros da Mobilidade (SAE Brasil) e, desde então, a competição Baja SAE Brasil cresce a cada ano e possui uma média de 70 equipes participantes.

O projeto desenvolvido deve ser atrativo ao mercado consumidor pelo seu visual, desempenho, confiabilidade e facilidade de operação e manutenção. Os veículos projetados são semelhantes a buggies utilizados em dunas. Universidades de São Paulo lideram o ranking brasileiro, no entanto, a equipe da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), de Florianópolis, não fica para trás. Na última competição brasileira ficou em 9º na classificação geral e no ano de 2009 ficou em 8º lugar na competição mundial.

Assim como o curso, o projeto é novo no Centro de Engenharia da Mobilidade (CEM), no Campus da UFSC em Joinville. Teve início em maio de 2010 com uma parceria entre a Universidade da Região de Joinville (Univille). O processo seletivo envolveu cerca de 30 alunos onde foram escolhidos os 20 que formariam o primeiro grupo do gênero no CEM, tendo como coordenador o professor Dr. Evandro Cardozo da Silva. Três alunos integrantes da equipe foram contemplados com bolsas, sendo duas bolsas no âmbito do Programa de Bolsas de Extensão (PROBOLSAS) e uma do Programa de Bolsa Permanência (BP).

Depois de algumas reuniões foram definidas as células ou divisões do projeto, fundamentais para o sucesso do mesmo – tais como célula de projeto, de suspensão, de freio, de direção, entre outras – bem como um capitão que é o principal responsável pelo andamento do projeto.

Recentemente o grupo abriu um processo de seleção onde foram escolhidos 3 novos integrantes e 4 colaboradores.

O fato de todos os bajeiros (termo utilizado para os alunos inseridos no projeto) serem iniciantes na engenharia não impede que o grupo seja capaz de realizar o projeto. Pelo contrário, motiva e faz com que o grupo se una para que cada passo seja tomado com a certeza da melhoria no projeto.

As competições são divididas em regional, nacional e mundial. A equipe do CEM ainda não teve oportunidade de visitar uma competição, no entanto pretende participar da próxima com, pelo menos, o projeto virtual completo, conforme metas estabelecidas.

Segundo Fassina, ex-bajeiro e atual diretor geral da competição o Baja é grandioso, vai além de um simples projeto extracurricular. O Baja expõe o aluno como um profissional, havendo disputa de empresas por um mesmo engenheiro. Fassina destaca ainda que durante os dias de competição, as arquibancadas ficam cheias de olheiros de empresas que participam para observar os alunos Baja como diferenciais e recolher currículos. “A indústria observa bem e busca muito os nossos alunos como futuros profissionais, é isso que queremos (…) a disputa, na verdade, é pelo crescimento científico”.

REFERÊNCIA:
GESTEIRA, Felipe. Tecnologia paraibana impulsiona o minibaja. Jornal da Paraíba. Disponível em: http://www.skyscrapercity.com.
Acesso em: 16 dez. 2010.

*Antônio Albino, Bruno Vernilli,
Cassiano Tecchio, Eduarda Busnardo,
Elisa Mendes, Evandro Machado,
Felipe Gabriel, Gabriel Brun,
Geraldo Nunes, Herlon de Faveri,
Hermann Luís Lebkuchen, Hugo Borges,
João Paulo Facin, Lucas Arrigoni, Mariana Koerich,
Matheus Cardoso Pires,
Paulo Augusto, Rafael Chitolina,
Rafael M, Rafael Ziantonio,
Rodrigo Antonio, ThiagoMartins,
Uillian Margreiter Martin.