Indústria naval, para além dos navios da Transpetro
Hoje a indústria naval brasileira, praticamente renascida das cinzas, só tem um foco: os navios que vão atender ao setor petrolífero, mais especificamente a exploração do pré-sal. Na última semana, a Transpetro lançou ao mar a primeira embarcação construída no estado do Rio de Janeiro, no Estaleiro Mauá, para o Programa de Modernização e Expansão da Frita (Promef).
Toda essa agitação naval poderia se firmar além dos navios da Transpetro, se transformando numa indústria nacional fornecedora também de embarcações avançadas para suprir o mercado do comércio mundial.
Mas, por enquanto, os olhos dessa indústria renascida estão nessas cifras:
Encomendas contratadas do Promef
– Dez navios Suezmax (160.000 Toneladas de Porte Bruto-TPB) – EAS (PE) – US$ 1,2 bilhão
– Cinco navios Aframax (110.000 TPB) — EAS (PE) – US$ 693 milhões
– Quatro navios Panamax (73.000 TPB) — EISA (RJ) – US$ 468 milhões
– Quatro navios de Produtos (48.000 TPB) — Mauá (RJ) – US$ 284 milhões
– Quatro navios aliviadores Suezmax DP (com posicionamento dinâmico) (160.00 TPB) — EAS (PE) – US$ 746 milhões
– Três navios aliviadores Aframax DP (com posicionamento dinâmico) (110.000 TPB) — EAS (PE) – US$ 477 milhões
– Três navios de bunker (óleo combustível marítimo) – Superpesa (RJ) – US$ 46 milhões
– Cinco navios de Produtos, para transporte de derivados de petróleo — 30 mil TPB — Estaleiro Rio Nave (RJ) — US$ 268,5 milhões
Encomendas com o resultado definido, à espera da assinatura dos contratos:
– Oito navios gaseiros (quatro de 7.000 m³, dois de 12.000 m³ e dois de 4.000 m³), para transporte de gás liquefeito de petróleo — Promar – US$ 536 milhões
Total dos 46 Navios: US$ 4,7 bilhões
Encomendas em fase final de licitação:
– Três navios de Produtos, para transporte de derivados de petróleo
Perspectivas de demanda futura.
A exploração (estudos e perfurações para descoberta de reservatórios) e a entrada em produção dos campos do pré-sal abrem importantes perspectivas de encomendas para a indústria naval brasileira.
Os poços do pré-sal estão situados em camadas mais profundas do subsolo marinho (seis mil metros de profundidade), na maioria a pelo menos 250 km de distância da costa. Com isso, o transporte do óleo ou do gás produzidos e o suprimento das plataformas de produção demandam soluções inovadoras de logística.
Fonte: www.portogente.com.br
